Não há volta a dar à coisa. Factos são factos: não somos a melhor equipa de futebol do planeta, ou mesmo da Europa. A bem da verdade penso não sermos sequer a melhor equipa Portuguesa. É assim. Ponto final. Mas nada disto é verdadeiramente importante. E não o é porque o futebol não se joga realmente dentro das quatro linhas da realidade concreta e imutável. Joga-se num plano distinto, onde factos pouco contam: o plano do simbólico. O futebol assumiu um papel antes reservado a disputas tribais e nacionalistas. Essa antiga pulsão biológica e social que nos conduz ciclicamente ao conflito com o vizinho do lado. Por ser o vizinho do lado. Com uma importante diferença. A conflitualidade sempre latente entre grupos distintos é agora resolvida com 22 gajos e uma bola, em lugar do velho terreno de batalha, com os mortos, feridos, viúvas e órfãos que este acarretava. A mim parece me um sinal de evolução civilizacional. É certo que alguns tipos ainda têm uma certa dificuldade em separar o simbólico do concreto: para o bom hooligan se não houver sangue derramado não houve disputa e consequentemente a pulsão não foi satisfeita. Nada de muito preocupante. É apenas um vestígio residual de uma época em que as disputas eram resolvidas de uma forma mais...palpável.
Porquê tudo isto? Porque o Benfica jogou em Liverpool e não o fez de forma particularmente brilhante (teve dois rasgos de génio que por feliz coincidência corresponderam aos dois golos da partida). Aqui nas terras holandesas a táctica e a técnica são as soberanas incontestáveis do desporto rei. Kruijf; escola do Ajax; futebol total; yada, yada...nada a contestar. O pensamento dos gajos é lógico e faz-me sentido. Produz melhor futebol, conduz a uma evolução do desporto e a verdade é que para se adormecer em frente ao écran já bastam os gregos. Porém... quando o apito final soa, das duas uma: ou se faz a festa ou se tenta esquecer o desperdício que foram os últimos noventa minutos. Por que isto tem pouco que ver com brilhantismos técnicos ou a ausência dos mesmos. É algo de antigo e primitivo dentro de nós. E é simbólico.
Eu sou do Benfica. Entendam, não houve aqui uma escolha, um processo em que se pesaram os prós e os contras a fim de tomar uma decisão. Népia. Sou do Benfica da mesma forma que sou Português ou que tenho um sinal em forma de tartaruga sobre o joelho esquerdo. É assim. Tivesse me sido dada uma escolha se calhar a opção iria para outra equipa qualquer. Não aprecio por além o clube, seja na sua técnica de jogo (ou falta dela), na sua escolha de treinadores, jogadores e principalmente de dirigentes. Os adeptos são aquilo que se sabe: na sua maioria representam o Português típico, com tudo que isso implica. Não importa. Nada disto é verdadeiramente importante. E não o é por um simples motivo. Sou do Benfica. Ponto. Sofro quando ele perde, festejo quando ganha, e isto sai-me naturalmente. Não consigo evitar a reacção, e para ser sincero nem o quero. Em Liverpool ganhamos pelo segunda vez consecutiva face a uma equipa melhor. Naturalmente festejei. Sob o sangue dos adversários. Simbolicamente.
Porquê tudo isto? Porque o Benfica jogou em Liverpool e não o fez de forma particularmente brilhante (teve dois rasgos de génio que por feliz coincidência corresponderam aos dois golos da partida). Aqui nas terras holandesas a táctica e a técnica são as soberanas incontestáveis do desporto rei. Kruijf; escola do Ajax; futebol total; yada, yada...nada a contestar. O pensamento dos gajos é lógico e faz-me sentido. Produz melhor futebol, conduz a uma evolução do desporto e a verdade é que para se adormecer em frente ao écran já bastam os gregos. Porém... quando o apito final soa, das duas uma: ou se faz a festa ou se tenta esquecer o desperdício que foram os últimos noventa minutos. Por que isto tem pouco que ver com brilhantismos técnicos ou a ausência dos mesmos. É algo de antigo e primitivo dentro de nós. E é simbólico.
Eu sou do Benfica. Entendam, não houve aqui uma escolha, um processo em que se pesaram os prós e os contras a fim de tomar uma decisão. Népia. Sou do Benfica da mesma forma que sou Português ou que tenho um sinal em forma de tartaruga sobre o joelho esquerdo. É assim. Tivesse me sido dada uma escolha se calhar a opção iria para outra equipa qualquer. Não aprecio por além o clube, seja na sua técnica de jogo (ou falta dela), na sua escolha de treinadores, jogadores e principalmente de dirigentes. Os adeptos são aquilo que se sabe: na sua maioria representam o Português típico, com tudo que isso implica. Não importa. Nada disto é verdadeiramente importante. E não o é por um simples motivo. Sou do Benfica. Ponto. Sofro quando ele perde, festejo quando ganha, e isto sai-me naturalmente. Não consigo evitar a reacção, e para ser sincero nem o quero. Em Liverpool ganhamos pelo segunda vez consecutiva face a uma equipa melhor. Naturalmente festejei. Sob o sangue dos adversários. Simbolicamente.
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